Saber que atividade física é sinônimo de saúde, não é novidade. Mas para reforçar ainda mais, um estudo atual do Colégio Americano de Medicina Esportiva confirmou haver um efeito protetivo da atividade física sobre o risco de se ter um câncer e de se sobreviver a um câncer.
Se você tem uma história familiar significativa de câncer, mais um motivo para você se exercitar, já que ela reduz o risco de você ter um câncer em 10 a 25% e saiba que quanto mais intensa a atividade física maior a proteção, principalmente os de bexiga, mama, cólon, endométrio, esôfago, estômago, pulmão, ovário e pâncreas.
Se a notícia é boa, imagine para os pacientes que estão atualmente em tratamento.
Exemplificando, nos pacientes em tratamento de câncer de mama, colorretal e próstata, a atividade física reduz a mortalidade específica pelo câncer em 38% e a mortalidade por todas as causas em 37 a 49%.
Sempre se exercite com um acompanhamento adequado e se você estiver em um tratamento de câncer converse bem com seu oncologista, pois existe fases em que a sua imunidade está mais baixa ou você está mais frágil, sendo uma contra indicação temporária.
A obesidade é o principal fator de risco para o hipogonadismo (redução da testosterona), sobressaindo os efeitos da idade e de outras comorbidades.
Os indivíduos obesos, segundo o EMAS (European Male Aging Study), apresentam um risco 13 x maior de um hipogonadismo.
É um ciclo vicioso que auto se sustenta, já que relação da baixa testosterona e da obesidade são bidirecional. O obeso tem uma queda mais acelerada da testosterona e o individuo com baixa testosterona tem uma maior predileção à obesidade (principalmente abdominal).
É necessário uma perda de peso superior a 10% para haver um aumento dos níveis de testosterona. Uma redução do IMC de 30 para 25, leva a um aumento da testosterona em 13%.
Como há um ciclo de obesidade e baixa testosterona, a correta reposição de testosterona, ao melhorar a fadiga e facilitar o paciente a sair da inércia, facilita o processo de emagrecimento e também, mantém a massa muscular, algo fundamental no processo de manutenção do peso perdido.
Em média, as mulheres entram em menopausa com 51/52 anos de idade, porém até 10% delas entram antes dos 45 anos e 1% antes dos 40 anos.
Um estudo recente que avaliou 140 mil mulheres em menopausa, demonstrou que as mulheres com menopausa precoce (< 40 anos), apresentam um risco aumentado de uma série de doenças cardiovasculares, dentre elas:
– Infarto (Doença arterial coronariana).
– Insuficiência cardíaca.
– Alterações de válvulas cardíacas (estenose aórtica e regurgitação mitral).
– Arritmia (fibrilação atrial).
– AVC.
– Doença arterial periférica.
– Tromboembolismo venoso.
O aumento do risco foi de 36% para as mulheres com menopausa precoce natural e de 87% para as com menopausa precoce cirúrgica.
É provável que quantos mais jovem for a idade de menopausa, maiores são os riscos cardiovasculares.
Outros estudos relatam que mesmo as mulheres com menopausa < 45 anos já podem apresentar um aumento do risco de doenças coronarianas e AVC.
É extremamente aconselhável que todas as mulheres com menopausa em idade inferior aos 45 anos faça um acompanhamento endocrinológico.
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Honigberg MC, Zekavat SM, Aragam K, et al. Association of Premature Natural and Surgical Menopause With Incident Cardiovascular Disease. JAMA. Published online November 18, 2019. doi:https://doi.org/10.1001/jama.2019.19191
A vitamina D é essencial para a absorção gastrointestinal de cálcio.
Em indivíduos saudáveis, a deficiência de vitamina D compromete a homeostase do cálcio do sangue e estimula a retirada do cálcio do osso.
Há alguns anos, estudos observacionais (qualidade e confiabilidade ruim) relataram associações entre deficiência de vitamina D e aumento dos riscos de hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, autoimunidade e câncer.
Assim, após isso foram realizados estudos de maior qualidade, como ensaio clínicos randomizado, duplo cego e controlado com placebo) que falharam em confirmar TODAS estas hipóteses.
Com convicção, hoje pode-se afirma que a suplementação de vitamina D evita ou ajuda a tratar:
– Pré-hipertensão e a hipertensão.
– Doenças cardiovasculares, como infarto e AVC.
– Pré-Diabetes ou Diabetes tipo 2.
– Declínio da taxa da função renal ou microalbuminúria em diabéticos.
Lucas A, Wolf M. Vitamin D and Health Outcomes: Then Came the Randomized Clinical Trials. JAMA.2019;322(19):1866–1868. doi:https://doi.org/10.1001/jama.2019.17302.