A escolha do ACO (anticoncepcional) deve ser pensado para cada mulher, considerando se aquela paciente, além de esperar o efeito contraceptivo, apresenta outras queixas, como excesso de acne, pelos, cólica menstrual, enxaqueca, irregularidade menstrual, edema nas pernas ou redução da libido.
Atualmente, os ACOs mais utilizados são os antiandrogênicos, que ajudam a melhorar a pele, reduzir o excesso de pelo e até a queda de cabelo. Quando a mulher suspende o ACO, ocorre um aumento da testosterona circulante associado com um aumento do número de receptores androgênicos, levando a uma hiperestimulação androgênica. É essa alteração que causa alguns efeitos indesejados, como o surgimento de espinhas. No entanto, é um processo transitório, podendo durar de 3 a 6 meses (ou até 1 ano).
Se após este período o surgimento de espinhas persistir, é devido à quantidade fisiológica de androgênios produzidos pelo próprio organismo da mulher ou à possíveis alterações endocrinológicas, como resistência insulínica, síndrome dos ovários policísticos e hiperplasia adrenal congênita.
E o tratamento? Para as mulheres que não desejam engravidar, pode ser realizado tratamento dermatológico ou retomar o uso do ACO. Para as mulheres que desejam ter filho, o melhor é engravidar o mais rápido possível, já que o aumento dos estrógenos produzidos pela gravidez irá suprimir a produção de testosterona. O período mais fácil da mulher engravidar é os três primeiros meses após a suspensão do ACO.
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